domingo, 26 de dezembro de 2004

Um jeito de te despertar

Eis-me aqui!
Tu dormes ainda
E vejo-te com ternuras maternas
Ainda um pouco, e acordarás...
O dia te trará surpresas tantas, amado meu
Eis-me aqui!
Tu não me verás...
Como não vês a outros tantos amigos
Que vivem em torno de ti
Tu não nos reconhecerás...
Terás apenas breves impressões
Como despertar de um sonho bom
Impressões que, se quiseres,
Ser-te-ão suficientes!
Eis agora,
Estás no breve minuto antes do pleno despertar
Sei que me entrevês a sorrir
A acariciar-te o rosto e os cabelos...
A envolver-te nos mais belos sentimentos
Materializo ternuras outras em torno de ti
Perfumes de jasmins
Brisas de esperança
Pensamentos de paz...
Meu sorriso se te confundirá com o próprio sol
Que entra em claridade em teu quarto
Tu me ouves, ainda?
Bom dia, amado meu!
Sê feliz!
Deus te abençoe os passos!
Desperta!

Hoje aprendo a despertar amigos assim
Porque tive de ti, amado amigo de eras priscas
A ventura de ver-te e lembrar!

Bom dia a todos!
Com carinhos de brisas



sábado, 11 de dezembro de 2004

Presente

Queridos

Andava eu com um amigo pelo shopping por esses dias...
Vocês imaginam como já não está a correria!
E, de repente, na escada rolante, quando tudo fica meio fora de plano e a visão se amplia, ele me veio com a pergunta mais ouvida por esses dias...

O que gostaria de ganhar de presente?

Na hora, só pensei nas coisas que faltam...

Devo ter dito qualquer bobagem!

Mas a pergunta era pertinente demais pra ser esquecida.



O que gostaria de ganhar de presente?


Então, hoje, lendo o Pássaros Livres, de Rabindranath Tagore,
achei!
A resposta que gostaria de ter dado...
A resposta que gostaria de sentir...
O pleno desapego!




"Que queres de mim? indagava o Babaji.
A jovem enamorada pediu-lhe a união matrimonial com o noivo receoso.
O homem inquieto solicitou uma gema, a fim de tranqüilizar-se.
O enfermo em agonia rogou a dádiva da saúde.
A mulher afadigada pelo amor de mãe suplicou poder e fortuna para os filhos dissipadores.
Cada qual revelou ao Mestre a necessidade exterior, demonstrando a grande pobreza de dentro, que os fazia realmente infelizes.
Tu, porém, amigo dos caminhantes da esperança, soubeste apresentar os teus desejos, quando lhe disseste:

"Abençoa minha boca para sempre dizer a verdade sem ferir;
o meu coração para amar e perdoar sem cansaço;
e a minha vida para exemplificar o que recomendo aos outros
."

Após dar aos suplicantes o que não tinha valor e eles ambicionavam, o Babaji ofereceu-te as bênçãos da sabedoria desejada e deu-te a mais um sorriso de apoio e certeza de que seguiria contigo para onde quer que fosses."

E você?
O que quer de presente?

:)

Agradecendo a ti, pelo carinho, o passeio e a reflexão!
Um beijo soprado!


Todo meu carinho em brisas!
Carla


sábado, 4 de dezembro de 2004

Vento nas brasas

Ela se atrasara de propósito, embora conscientemente não tivesse idéia do motivo... Inconscientemente sabia que estava certo assim. Há tanto tempo não se deixava levar pela intuição!

Uma brisa soprava de leve, estranhamente, mas ela não lembrou. Nem cinco minutos depois, na rua repleta de gente, ela o viu de longe, tão longe quanto a lembrança. E todas aquela perguntas óbvias lhe ocuparam a mente: será ele mesmo, quanto tempo faz, como ele estará, e as crianças, quem são...
Todas as perguntas com respostas.

E, naquele mesmo segundo, outra onda quebrou mais forte e ela se lembrou de tudo o que viveram: as conversas intermináveis, os olhares profundos e aquela peculiaridade interessante de bastar pensar nele para ouvir o telefone tocar, ou, se estivesse na rua, e sentisse, de leve, uma brisa a chamar seu nome, era só procurar para vê-lo acenando de dentro de algum ônibus... Era só procurar. E era tudo tão natural que ela nunca tinha reparado nisso. Até hoje.

Estava agora a cinco passos dele... Seria ele mesmo? Poderia ser o irmão... tanto tempo.

Uma grade os separava, os olhares se uniram, ele a chamou pelo nome, ela parou e sorriu.

Era ele.

Como ele estava bonito e tão, mas tão mais velho... cabelos brancos!

De repente, tão de repente quanto o portão se abriu, dez anos se abateram. Como você está? E os pensamentos, sempre tão visívies para os dois, agora assomavam de os assustar.

Mas era preciso falar! Ele desviou o olhar, chamou a esposa, apresentou-a, mas esqueceu de dizer seu nome... Na mente dela, o nome de todas as namoradas desfilaram; a última tinha sido Marta... ela resolveu não arriscar.

É provável que ela realmente não soubesse o quanto o seu olhar perturbava, já que ela não tinha mesmo a menor intenção. Acostumados desde muito cedo a longos períodos silentes, perscrutando-se pelo olhar, foi com um estranho pesar entremeado de alegria que ele, orgulhoso, chamou a moça que segurava uma menina, sua filha, para apresentá-la também.

Aqueles dois olhinhos azuis fitaram a moça parada no portão... O céu todo se abriu num sorriso! Estava nublado,  mas, ali, houve sol. Era impossível não reparar. Maria sorria para ela como se a conhecesse de muito tempo mesmo; como se a reconhecesse; como se compreendesse todo o amor do pai por aquela moça, todos os segredos, os dez anos passados, todo o silêncio.... E Maria era um bebê que sorria pleno de olhos azuis para uma moça até então desconhecida!

Despedidas rápidas.
Sorrisos e adeuses.
Lágrimas... sorrisos...

Ondas múltiplas num mar agitado... Os olhos azuis de Maria talvez a chamassem de mãe.
No sorriso de Maria a confirmação de que tudo existiu.

De repente. Calmaria!

Agora, talvez, ela diga a ele, pelo fio do pensamento, como antigamente:

"Como sou feliz de te ver, Marcus Vinicius!
Feliz de ver nos teus olhos a mesma expressão de amor que existiu entre nós, um amor nunca profanado.
Feliz de ter guardado todas as tuas cartas, tua letra de médico antes mesmo de vires a ser um. E o carinho das letras refletido hoje em teu olhar.
Feliz de ver que recusar teu velado pedido de casamento, há tantos anos, foi o certo.
Continuo te amando, como sempre.
E tu também continuas me amando, como sempre.
Prossegue com Deus, eterno amigo de minh'alma, brasa em meu coração.
Tuas palavras últimas seguem sempre comigo, quando citávamos Rochefaucauld:

o tempo aviva os amores reais
e destrói as paixões medíocres
como o vento aviva as brasas
e apaga as velas."


Do outro lado da cidade, agora, ela o vê sorrindo.
Ele se agita, todos reparam, ele queria apenas um minuto a sós consigo mesmo.
Pronto, ele também a viu sorrir.

Tudo é serenidade!
A vida hoje é de uma alegria, uma leveza só compreensível aos que amam...
Tão fácil, tão simples!
Tão amena!

Todas as brisas,
Carla

segunda-feira, 29 de novembro de 2004

Uma feliz (re)descoberta...

Queridos!

Hoje com a chuva maravilhosa que cai sobre a nossa cidade, tive o prazer de ouvir rádio como antigamente, programação inteira, de dialogar com o locutor, respondendo as propostas, rindo a riso solto, cantando alto... (e traduzindo o eufemismo - enorme engarrafamento!)
Hoje com a chuva que limpa e regenera, voltei aos estudos e redescobri um prazer há muito esquecido. Como é que se pode esquecer algo que nos dá tanto prazer? Isso acontece também com vocês?
Estudei como não fazia há muitos meses... de não sentir o tempo, de nem ver a hora passar e só me dar conta quando o corpo reclamou com fome. Nem acreditei no relógio quando vi. Tive que confirmar com as pessoas!

É tão bom quando se brilha... as pessoas vão se chegando perto da gente, num prazer também de se deixar ficar sem se saber porquê...

Mas posso estar confundindo tudo! Se tivesse que ficar estudando por obrigação, talvez não fosse tão prazeroso assim... Será?

Qual será a tua atividade prazerosa?
Será que é o teu trabalho mesmo?
Será que é jardinar de vez em quando?
Será que é cantarolar escondido?
Será que é dançar levitando no ar?
Será que é ficar por aqui lendo e relendo almas por trás das letras?

Hoje é dia de mentalizar muitas coisas boas para a Marcela e o Luís Felipe.
Luís Felipe é o filhinho da Marcela, que nascerá amanhã.

Querido Luís Felipe!

Venha pleno de energias, alegrias e esperanças!
Que descobrir a que se veio nessa vida é algo maravilhoso!
E fazer o que se veio fazer é algo melhor ainda!
Sê bem vindo!


Um beijo na brisa!
Pro Luís Felipe, em especial...
Pra ti, pelo teu aniversário
E para todos os amigos
Que não esqueceram o prazer que se sente
Em amar e ser amado
Em ser gentil de transbordar
Em viver, plenamente, cada dia, cada encontro, cada olhar, cada ser!

Vida a todos!
Carla


terça-feira, 23 de novembro de 2004

Das coisas de todo dia...

"Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero."

Fernando Pessoa, Passagem das Horas

Eis que assim têm sido meus dias.
E todo dia, na sua rotina, traz uma novidade: um carinho, um olhar, um suspiro, um sonho (e de repente, isso virou conversa de padaria!)...
É como se eu estivesse em moratória...

Vi um filme italiano com crianças, lindo, chamado "Eu não tenho medo".
Se tiveres oportunidade, veja... não quero contar nada pra não estragar a surpresa do filme. O que li é que a história realmente aconteceu. Um amigo me disse ser parecido com a Vila (não sei, não vi). Mas, se tu fores como eu, que choro até em comédia, leva caixa de lenços...

O mais incrível é que finalmente ouvi o barulho do vento no trigo!
E é fantástico!

Beijo
Meu carinho em brisas
Carla


terça-feira, 26 de outubro de 2004

Sobre a vida!

Hoje é aniversário de pessoas muito caras ao meu coração...

* a pequena Daniela, que está se tornando uma mocinha!
* e um amigo distante, das frias madrugadas, dos sorrisos e das lágrimas, o Paulo Jorge.

Para eles, em especial, e para todos
que por aqui vem buscar um alento de paz,
uma de minhas mensagens preferidas
do poeta indiano Rabindranath Tagore...



"A vida do homem é feita de etapas, como as do ano são divididas em estações.

Há beleza especial em cada fase e tem finalidade própria cada ocasião.

Mudam as cores, passam os perfumes, vão-se os ritmos e ficam as lições.

Sucedem-se rápidas com as suas canções e flores, as suas tristezas e cores cinzas, os seus crepúsculos e amanheceres, todos os instantes que abrem e fecham as portas dos acontecimentos.

Essa dádiva dos deuses, que é viver, torna-se a semente da abundância do tempo, sem limite de tempo, que se conquista ao morrer, quando bem se passou cada etapa na condição de sábio aprendiz da verdade."

Um beijo e toda a ternura da brisa!
Carla

domingo, 3 de outubro de 2004

Guardanapos de Papel

Tem certas músicas que tem tanta poesia, mas tanta...
Caio lembrou e a Fabiana declamou pra gente...
A sala éramos nós três... o café fumengando, os sonhos bailando nas letras!
A voz da Fabiana ecoando em todas as paredes, pela noite... a vida inteira!
Que paredes? Estávamos de novo lá pertinho do Pico da Bandeira...
A noite, o vento, as estrelas...
Todas as esperanças!

Tem certos momentos que fazem a gente ter certeza que vale a pena estar vivo!
Obrigada irmãos queridos!!!

Guardanapos de papel
(Biromes y servilletas )
Letra: Leo Maslíah, versión de Carlos Sandroni

Na minha cidade tem poetas, poetas
Que chegam sem tambores nem trombetas,
Trombetas e sempre aparecem quando
Menos aguardados, guardados, guardados
Entre livros e sapatos, em baús empoeirados
Saem de recônditos lugares, nos ares, nos ares
Onde vivem com seus pares, seus pares
Seus pares e convivem com fantasmas
Multicores de cores, de cores
Que te pintam as olheiras
E te pedem que não chores
Suas ilusões são repartidas, partidas
Partidas entre mortos e feridas, feridas
Feridas mas resistem com palavras
Confundidas, fundidas, fundidas
Ao seu triste passo lento
Pelas ruas e avenidas
Não desejam glórias nem medalhas
Medalhas, medalhas, se contentam
con migalhas, migalhas, migalhas
De canções e brincadeiras com seus
Versos dispersos, dispersos
Obcecados pela busca de tesouros submersos
Fazem quatrocentos mil projetos
Projetos, projetos, que jamais são
Alcançados, cansados, cansados nada disso
Importa enquanto eles escrevem, escrevem
Escrevem o que sabem que não sabem
E o que dizem que não devem
Andam pelas ruas os poetas, poetas, poetas
Como se fossem cometas, cometas, cometas
Num estranho céu de estrelas idiotas
E outras e outras
Cujo brilho sem barulho
Veste suas caudas tortas
Na minha cidade tem canetas, canetas, canetas
Esvaindo-se em milhares, milhares, milhares
De palavras retorcendo-se confusas, confusas
Confusas, em delgados guardanapos
Feito moscas inconclusas
Andam pelas ruas escrevendo e vendo e vendo
Que eles vêem nos vão dizendo, dizendo
E sendo eles poetas de verdade
Enquanto espiam e piram e piram
Não se cansam de falar
Do que eles juram que não viram
Olham para o céu esses poetas, poetas, poetas
Como se fossem lunetas, lunetas, lunáticas
Lançadas ao espaço e o mundo inteiro
Inteiro, inteiro, fossem vendo pra
Depois voltar pro Rio de Janeiro!

Tomado de: Milton Nascimento "Tambores de Minas".

Semana de poemas, poemas, poemas...
De suspiros revelados, de sonhos desabrochados...
E Salve São Francisco!
Meu carinho

Carla

domingo, 26 de setembro de 2004

Delicadezas

Achei esse carinho nas letras...
Desconheço o autor!
Mas deve ter sido alguém que vivenciou tudo isso.
Alguém que basta-se!
Uma grata alma feliz!

Para todos os ilustres visitantes!
E especialmente para ti, que me cativou lentamente ao longo do tempo, me olhando de longe, com o canto dos olhos, e não teve pressa, apesar de tanta urgência...

"Amigo é quem te dá um pedacinho de chão, quando é de terra firme que precisas, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que um ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante. É aquele que entende teu desejo de voar, de sumir devagar...

É o sol que seca tuas lágrimas, é o mel que adocica ainda mais o teu sorriso.

Amigo é aquele que te ouve ao telefone, mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se estivesse olhando em teus olhos.

Amigo é multimídia. Amigo é quem fala e ouve com o olhar, mesmo distante, em sintonia telepática.

É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na tua íris.

Amigo é aquele que diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação: amigo é quem te ama e pronto.

É verdade e razão, sonho e sentimento.

Amigo é para sempre... "

Um beijo, uma brisa de paz!
Um carinho de Nuvem (aprendi!)
Reverência de princesa (viu, Lakota!)
Raios vivificantes de sol (especialmente pra ti, Andrea!)
Meus sopros de pétalas de flores
Alento de esperança em seus corações!

Carla

domingo, 19 de setembro de 2004

Floresta da Tijuca - passado e futuro


Estamos iniciando a Semana da Árvore (vocês se lembram disso da escola, com certeza!) e, entre poemas e imagens, entre brados de socorro e ações de preservação, minha contribuição é apresentar a nossa Floresta da Tijuca, parte do Parque Nacional da Tijuca.

Há uns dias atrás, no feriado, tive oportunidade de desfrutar dessa Floresta!
Mas, esta exuberância toda já passou por dias de penúria!

(Foto aérea com a demarcação do Parque Nacional da Tijuca)


Registram os arquivos históricos da cidade que, no início do século XVI, tupis e tamoios conviviam (nem sempre pacificamente) por aqui, sem, no entanto, alterarem, com suas presenças, a densa cobertura florestal de Mata Tropical Pluvial.

Com a fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1565, madeira tornou-se material necessário para construções e energia (lenha e carvão).
E, num Sim City lento e progressivo, lá se foi nossa floresta madeira abaixo!
Depois veio a cana-de-açúcar! 120 engenhos em 1797!
Depois chegou o café! E só mesmo os "grotões inacessíveis permaneceram com cobertura florestal".

Conseqüentemente, veio o inevitável. Uma grande seca (com tanto mar em nossa volta!) em 1844, fez as autoridades proporem desapropriações e plantios de algumas áreas para salvar os mananciais do Rio. 12 anos se passaram até as primeiras desapropriações começarem. Em 1861, foram criadas a Floresta da Tijuca e a Floresta das Paineiras.

Aqui vem a parte boa: cerca de 100.000 árvores foram plantadas, trazidas das áreas vizinhas (Pedra Branca, Guaratiba, etc.). E, de 1875 a 1888, a Floresta da Tijuca foi ressurgindo, todo o café foi sendo substituído por outro tipo de vegetação, sob a responsabilidade do Barão Gastão H. de Escragnolle. Desde então, a Natureza veio retornando à área e hoje temos o Parque com uma flora rica e diversificada.

Viu? É possível!

(Vista de Satélite do Parque Nacional da Tijuca)

Porém... a história se repete, devido à ocupação desordenada das encostas. Um programa de computador que faz projeções de 12 em 12 anos (de novo 12! que estranho!), elaborado na tese de doutorado do engenheiro cartógrafo peruano Jesus Fernando Mansilla Bacca, do IG/UFRJ, com base em mapas de uso e cobertura de solo da Floresta Nacional da Tijuca, mostra perspectivas não tão animadoras...

De novo?

Semana da Árvore de 2004...
Qual será a sua semente?

Brisas carregadas de pólen e perfume,
Flores e esperanças!

Carla

Muitas outras informações e imagens belíssimas podem ser encontradas nesses sites:
Floresta da Tijuca
Parque Nacional da Tijuca
Ciência Hoje

domingo, 29 de agosto de 2004

Floricultura

Se tens precisão de flores
De cores belas e toques macios...
Se teu ar é de festa
Suave expectativa de casamentos
E buquês e grinaldas naturais...
Se comemoras chegadas
De bebês, de amores, de namoradas...
Se amargas despedidas
De viagens e mortes repentinas
Se apenas passas e lembras os girassóis
E te encantam os brincos de princesa... brancos...
Os arranjos bonitos...
Se é o perfume que te inebria
Transportando-te pra tempos idos
Nas brincadeiras de fazer abrir a 'boca-de-leão'
De bem-me-queres em margaridas
De estalar pétalas de rosas... vermelhas
Com os lábios, em beijos roubados...
Se é apenas um mimo que buscas
O suavíssimo perfume das violetas escondidas (que não são as africanas!)
Ou se queres ainda purezas diamantinas
Em lírios e orquídeas e jasmins imaculadamente brancos...

Entra!

Te atapetamos o chão de pétalas
E te envolvemos em poesia...

Essa é a nossa floricultura, Lakota...
Ainda estamos na calçada olhando o portal de girassóis a procura de um nome...

Mas as flores já estão todas
Na alma!


Agora, um poema de verdade...

Palavras de Caridade
(Auta de Souza)

O apoio... A simpatia...
Uma oração apenas,
carregada de fé na Bondade Divina...
A bênção do sorriso... A página que ensina
a vencer o amargor das lágrimas terrenas...
O minuto de paz... O auxílio que armazenas,
na supressão do mal, ao trabalho em surdina...
O bilhete fraterno... Uma flor pequenina...
O socorro... A brandura...
As palavras serenas...
A esmola... A roupa usada...
O copo de água fria...
O pão... O entendimento...
Um raio de alegria...
Um fio de esperança...
A atitude sincera...
Da migalha mais pobre à dádiva mais rica,
Tudo aquilo que dás à vida, multiplica
Nos tesouros de amor da glória que te espera!...

Chuvas de pétalas e perfumes
Carreados na brisa para o coração de cada um!
Excelente semana!

Um beijo na brisa...
Carla

domingo, 22 de agosto de 2004

Sobre um abraço

Todo mundo que trabalha com crianças sabe que há aqueles dias especiais...
Eu sei, todos os dias com elas são únicos e especiais...
Mas nesses, canelas e calcanhares são alvos perfeitos!
E socos e pontapés caem como chuva de verão...
Ah... os pequenos...
Num dia assim, um menino de 4 ou 5 anos, não lembro ao certo, impenetrável a todas as palavras, teve que ser contido fisicamente... um grande, enorme abraço por trás de uma das tias, contendo todas as 'armas' do nosso amiguinho...
Os minutos passaram... os músculos foram relaxando... todo o ar foi ficando doce...
A tia sussurrou no ouvido do menino:
- Já posso soltar você?
E o menino, no mesmo sussurro doce, disse:
- Ainda não!

Por que fazemos assim?
Por que esperamos o limite do outro para finalmente apresentar nosso amor, e ainda assim, disfarçado? Quando o fazemos!
E imaginar quantos e quantos meninos e meninas dando pontapés pela vida, na mesma expectativa do abraço... meninos e meninas de 4, 15, 27, 35, 60 anos...

Hoje é o dia!
São tantos gestos pequenos de ternura que podem expressar esse amor...
Somos criativos o suficiente para achar o nosso modo...
O que vamos esperar?
Traduzir esse amor em flores nos enterros?
Vamos dizer e demonstrar (ainda que sem palavras) o quanto amamos, o quanto essas pessoas são importantes para nós.
Pode ser uma avó, um irmão, um amigo.
Aprendamos a esboçar gestos de amor e a dizer palavras que alimentam a alma do outro.
Mesmo que um dia, alguém nos tenha dito que não é bom o outro saber que o amamos, porque se aproveitará de nós.
Mesmo que outro alguém tenha insinuado que parecemos tolos quando ficamos afirmando a intensidade do nosso amor, da nossa amizade e da nossa ternura.
O ser mais perfeito que andou pela Terra não temeu demonstrar amor e dizer:
"Amai-vos como eu vos amei."

Estou escrevendo para mim mesma, para eu lembrar e fazer.
Excelente semana a todos!

Um abraço muito, muito apertado!Todo meu carinho em brisas de paz!

Carla

quinta-feira, 19 de agosto de 2004

Sobre as coisas da vida...

Claro que existem mil e um motivos pra tu estares alegre...
Claro que tu já andas cantarolando por aí a tua música preferida
(que é provável que eu ainda não saiba qual é...
Lembra-te de me dizer!)
Claro que a expectativa do fim de semana já começa
A transformar cansaço em animação...
Claro que tu hás de estar bem...
Mas,
Só pra garantir:
Escolhi uma 'música preferida' pra mim...
Que queria dividir contigo!

(e tu és tu mesmo!
Cada amigo que me visita...
Mesmo que nunca comente nada (que pena!).
Vontade indócil a minha de escrever o nome de cada um...
Mas vai que esqueço alguém?
E como vou nomear o anônimo?
Companheiro Vento Não Identificado?
Então, já sabes... é pra ti!)

Eu apenas queria que você soubesse
(Luiz Gonzaga Jr. - também conhecido como Gonzaguinha)

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo, presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto, flor do seu caminho
Eu apenas queria dizer
A todo mundo que me gosta
Que, hoje, eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar
É todo dia, toda hora
É se respeitar na sua força e
É se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queria que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte das novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida

Um beijo estalado,
Um abraço apertado, pendurada em teu pescoço!
Um olhar brilhante e todo meu carinho
Que tu hás de sentir em qualquer brisa
Que te tocar por esses dias, que serei eu!

Carla

domingo, 15 de agosto de 2004

A marca

Queridos!

Este texto recebi de uma amiga, por esses dias...

"Quando eu era criança, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança. Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da sala. Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo fascinado enquanto minha mãe falava com alguém.
Então, um dia eu descobri que dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal. O nome dela era "Uma informação, por favor" e não havia nada que ela não soubesse. "Uma informação, por favor" poderia fornecer qualquer número de telefone e até a hora certa.
Minha primeira experiência pessoal com esse gênio na garrafa veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho. Eu estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com um martelo.
A dor era terrível mas não havia motivo para chorar, uma vez que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia.
Eu andava pela casa, chupando o dedo dolorido até que pensei:
O telefone!
Rapidamente fui até o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente à cômoda da sala. Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido. Alguém atendeu e eu disse:
"Uma informação, por favor".
Ouvi uns dois ou três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido.
"Informações."
"Eu machuquei meu dedo...", disse, e as lágrimas vieram facilmente, agora que eu tinha audiência.
- "A sua mãe não está em casa?", ela perguntou.
- "Não tem ninguém aqui...", eu soluçava.
- "Está sangrando?"
- "Não", respondi. "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."
- "Você consegue abrir o congelador?", ela perguntou. Eu respondi que sim.
- "Então pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo", disse a voz.

Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por favor" por qualquer motivo.
Ela me ajudou com as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Filadélfia. Ela me ajudou com os exercícios de matemática. Ela me ensinou que o pequeno esquilo que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas.

Então, um dia, Petey, meu canário, morreu. Eu liguei para "Uma informação, por favor" e contei o ocorrido. Ela escutou e começou a falar aquelas coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava inconsolável.
Eu perguntava: "Por que é que os passarinhos cantam tão lindamente e trazem tanta alegria pra gente para, no fim, acabar como um monte de penas no fundo de uma gaiola?" Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou mansamente:

"Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente pode cantar também..." De alguma maneira, depois disso eu me senti melhor.
No outro dia, lá estava eu de novo. "Informações.", disse a voz já tão familiar. "Você sabe como se escreve 'exceção'?"

Tudo isso aconteceu na minha cidade natal ao norte do Pacífico.
Quando eu tinha 9 anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga. "Uma informação, por favor" pertencia aquele velho aparelho telefônico preto e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho telefônico branquinho que ficava na nova cômoda na nova sala.
Conforme eu crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saíam da minha memória. Freqüentemente, em momentos de dúvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo.
Hoje eu entendo como ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações de um menininho.
Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os dois vôos. Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15 minutos.
Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o número da operadora daquela minha cidade natal e pedi:
- "Uma informação, por favor."
Como num milagre, eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo: "Informações." Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando: "Você sabe como se escreve 'exceção'?" Houve uma longa pausa.
Então, veio uma resposta suave: "Eu acho que o seu dedo já melhorou, Paul." Eu ri. "Então, é você mesma!", eu disse. "Você não imagina como era importante para mim naquele tempo." "Eu imagino", ela disse. "E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse."
Eu contei para ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visitá-la quando fosse encontrar a minha irmã.
- "É claro!", ela respondeu. "Venha até aqui e chame a Sally."
Três meses depois eu fui a Seattle visitar minha irmã. Quando liguei, uma voz diferente respondeu: "Informações." Eu pedi para chamar a Sally.
"Você é amigo dela?", a voz perguntou.
- "Sou, um velho amigo. O meu nome é Paul."
- "Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas meio período porque estava doente. Infelizmente, ela morreu há cinco semanas."
Antes que eu pudesse desligar, a voz perguntou:
- "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul?"
- "Sim."
- "A Sally deixou uma mensagem para você. Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você ligasse. Eu vou ler pra você."
A mensagem dizia:

"Diga a ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também. Ele vai entender."Eu agradeci e desliguei.
Eu entendi...

NUNCA SUBESTIME A "MARCA" QUE VOCÊ DEIXA NAS PESSOAS.
Andrea, como conversamos ontem... com certeza existe um céu para os gatos... e cães!


02-02-92*14-08-04

Um beijo, uma brisa...
Meu carinho e toda a saudade...
Agora Lumppa já tem companhia pra brincar!

Carla

segunda-feira, 9 de agosto de 2004

Tempo de vida

Olá! Que alegria te ver por aqui!
Nova semana e, considerando 'paulistanamente' os dias dito úteis, de segunda a sexta, temos exatas 120 horas à nossa disposição...
Que faremos?
Convido-te a usar alguns minutinhos para conheceres a história do viajante de Kammir...

Era uma vez... um homem muito observador.
Ele estava sempre atento a tudo o que o rodeava.
Um dia, ele sentiu vontade de visitar a cidade de Kammir e, após dois dias de marcha por caminhos empoeirados, ao longe avistou a cidade.
Um pouco antes de chegar, chamou-lhe a atenção uma colina que se encontrava à direita do caminho.
Ela estava coberta de um verde maravilhoso, com numerosas árvores, pássaros e flores encantadoras.
Tudo estava rodeado por uma cerca envernizada.
Uma pequena porta de bronze o convidava a entrar.
Ele resolveu conhecer melhor aquele lugar.
Entrou e foi caminhando lentamente entre as brancas pedras distribuídas no meio das árvores.
Permitiu que seu olhar pousasse como borboleta em cada detalhe daquele paraíso multicor.
Como era extremamente observador, descobriu, sobre uma daquelas pedras, a seguinte inscrição: "Abdul Tareg viveu 8 anos, 6 meses, 2 semanas e 3 dias."
Sentiu-se um pouco angustiado ao perceber que aquela pedra não era simplesmente uma pedra, era uma lápide!
Teve pena ao pensar em uma criança tão nova enterrada naquele lugar...
Olhando ao redor, o homem se deu conta de que a pedra seguinte também tinha uma inscrição.
Aproximou-se e viu que estava escrito: "Yamir Kalib, viveu 5 anos, 8 meses e 3 semanas."
O homem sentiu-se muito transtornado!
Aquele belo lugar era um cemitério, e cada pedra era uma tumba!
Uma por uma começou a ler as lápides e todas tinham inscrições similares: um nome e o exato tempo de vida do falecido.
Porém, o que lhe causou maior espanto foi comprovar que quem mais tinha vivido, apenas ultrapara os 11 anos.
Invadido por uma dor muito grande, sentou-se e começou a chorar.
A pessoa que tomava conta do cemitério, que naquele momento passava por ali, aproximou-se.
Permaneceu em silêncio enquanto olhava o homem a chorar e, após algum tempo, perguntou-lhe se chorava por alguém da família.
- Não, ninguém da família, respondeu o visitante. Mas o senhor pode me responder o que se passa nessa cidade? Que coisa tão terrível acontece aqui? Por que tantas crianças mortas enterradas neste lugar? Qual a horrível maldição que pesa sobre essas pessoas que as obrigou a construir um cemitério só para crianças?
O velho sorriu e falou:
- Pode acalmar-se. Não existe nenhuma maldição.

O que acontece é que aqui temos um antigo costume e eu vou lhe contar.
Quando um jovem completa quinze anos, ganha de seus pais uma caderneta, como esta que eu mesmo levo aqui, pendurada no pescoço.
É uma tradição do meu povo que a partir dessa idade, cada vez que desfrutamos intensamente de alguma coisa boa, anotamos na caderneta.
À esquerda o que foi desfrutado e à direita, o tempo que durou.
É assim que anotamos.
Se conhecemos uma moça e nos apaixonamos por ela, quanto tempo durou essa paixão e o prazer em conhecê-la? Uma semana? Duas? Três?
E depois, a emoção do primeiro beijo, quanto durou? Um minuto e meio? Dois dias? Uma semana?
E a gravidez ou o nascimento do primeiro filho?
E a tão desejada viagem, por quanto tempo a desfrutamos integralmente?
E o encontro com o irmão que retorna de um país distante?
Quanto tempo desfrutamos dessas situações? Horas? Dias? Meses?
Assim, vamos anotando na caderneta cada momento bem aproveitado, cada minuto que valeu a pena.
E quando alguém morre, é nosso costume abrir a caderneta e somar o tempo bem desfrutado para gravá-lo sobre a pedra, porque esse é, de fato, para nós, o único tempo que foi vivido.

Eis...
Quanto tempo de vida tu já tens?Quanto vais aproveitar dessas horas que ainda dispões?

Tu ainda achas que vale a pena ficar aborrecido com aquela situação de hoje pela manhã? Ou com aquela bronca que tu nem merecias? Ou com aquele amigo esquecido? Ou com aquela dor?

Ah... felicidade a minha seria poder estar escrita aí no teu caderninho...
Escrever pra ti já está escrito no meu!
Dias de muita alegria, harmonia e paz!Horas plenas de vida!
Um beijo soprado da Brisa.

domingo, 8 de agosto de 2004

Para os Pais...


Foto daqui

Quando acaricias o teu filho, agradas a ele ou te confortas a ti?
Quando o teu pequeno rei chora e o repreendes, identificas a sua lágrima ou te preocupas com o teu silêncio?
Quando o teu filho sonha, podes imaginar o país por onde ele viaja, nas asas do sono?
Saberá alguém o que pensa a criança na rápida quadra infantil?
As fadas dos sonhos, que habitam a aldeia na felicidade, estas sabem o que se passa com as crianças.
Se abrires as portas do coração para que elas te venham ensinar, o seu canto de amor te dará a música para todas as melodias que deves ofertar às tuas crianças.

Poema XVII de Rabindranath Tagore

 
Um beijo na brisa a todos os que são e se fizeram pais...
Muita luz e discernimento no cumprimento de sua missão!
Todo carinho

Carla

sábado, 7 de agosto de 2004

Tudo é amor

Observa, amigo, em como do amor tudo provém e no amor tudo se resume.
Vida - é o Amor existencial.
Razão - é o Amor que pondera.
Estudo - é o Amor que analisa.
Ciência - é o Amor que investiga.
Filosofia - é o Amor que pensa.
Religião - é o Amor que busca Deus.
Verdade - é o Amor que se eterniza.
Ideal - é o Amor que se eleva.
- é o Amor que se transcende.
Esperança - é o Amor que sonha.
Caridade - é o Amor que auxilia.
Fraternidade - é o Amor que se expande.
Sacrifício - é o Amor que se esforça.
Renúncia - é o Amor que se depura.
Simpatia - é o Amor que sorri.
Altruísmo - é o Amor que se engrandece.
Trabalho - é o Amor que constrói.
Indiferença - é o Amor que se esconde.
Desespero - é o Amor que se desgoverna.
Paixão - é o Amor que se desequilibra.
Ciúme - é o Amor que se desvaira.
Egoísmo - é o Amor que se animaliza.
Orgulho - é o Amor que enlouquece.
Vaidade - é o Amor que se embriaga.

Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.

Tudo é Amor.
Não deixes de amar nobremente.

Respeita, no entanto, a pergunta que te faz, a cada instante, a Lei Divina: "Como?"

André Luiz

Quando li essa mensagem, lembrei muito o post da Doce Nuryem...
sobre a banalidade das relações humanas nesses dias...
sobre a dúvida da existência ou não desse sentimento tão essencial...
e serenei por entender-nos mergulhados nesse mar de amor sem fim...
Logo,
eu te amo...
e de alguma forma tu me amas também... ainda que te escondas...
E o grande mistério continua sendo a transformação...
o "como", já que todos nós, de alguma forma, amamos...
Será esse o sentido, Andréa? Mas deve ser a direção...

Ressoa ainda, a pergunta do Beto Guedes...
"Que será de nós se estivermos cansados da Verdade e do Amor?"

Um beijo amoroso!
Brilhos de estrelas e esperanças!
Paz! Todo carinho da
Brisa!

domingo, 1 de agosto de 2004

Carioquices...

Segunda-feira está chegando novamente...
Pegar condução, começar mais uma semana...
Há alguns meses, tivemos uma grata novidade no metrô.
A rotina matutina de passar pelo leve atropelo da baldeação, ao entrar no trem da linha 2, no Estácio, e ouvir a irritante sirene do fechar das portas, foi cariocada, se é que se pode empregar o termo...
Antes de partir, os 'condutores' fecharam as portas e abriram o microfone, dizendo sonoramente:
"Senhores passageiros, bom dia!
Eu sou o condutor Fulano de Tal."
Os rostos surpresos dos meus companheiros de viagem, esboçando um sorriso, confirmaram o 'bom dia' aceito e retribuído... Ah... quantos ali estavam tendo seu 'primeiro' bom dia! (Nada contra o pessoal da bilheteria... é que tem gente que, como eu, já tem bilhete pra semana e nem passa por lá...)

"O metrô Rio agradece a preferência e deseja a todos uma boa viagem."
Alguns até diziam mais coisas...
Toda manhã era uma surpresa... uma expectativa...
Era assim...
Chegar, escolher o lugar que bate sol, sentar, abrir o livro, ouvir as sirenes, e parar a leitura só para saber o nome do condutor e retribuir mentalmente o bom dia...
(Escolher um lugar que bate sol quando se está há muitos níveis abaixo do solo - a linha 2 passa por baixo da linha 1, que já é subterrânea!!! - é uma tarefa que exige intuição... e observação, claro!) .
Ler, dormir ou simplesmente observar a paisagem... quantas vezes já pensei em levar minha tia para passear de metrô na linha 2!
Não, não faz parte de nenhum roteiro turístico, que eu saiba... ainda não!
Sair do subterrâneo do Estácio, ir pra superfície em São Cristóvão, ver as palmeiras imperiais da Quinta da Boa Vista, o Maracanã ainda imponente banhado pelos primeiros raios de sol, as crianças fazendo festa no pátio do Ciep da Mangueira, ter a visão de tudo lá de cima da estação de Triagem, onde sol e vento se conjugam em magia e parece que vamos singrar nuvens... E montanhas e casarios e o Cristo sempre perto, em qualquer lugar que se olhe dessa cidade, a sensação de que estamos em casa... Sentimentos tão bem descritos no Gente Humilde... Tantas estações ainda por ver... e poder cumprimentar e agradecer o condutor pelo nome, ao ir embora...
Sem falar na volta (quando não perco o horário!), a mesma rotina de escolher o melhor lugar pra ver o sol se pôr ao longe, as luzes todas da cidade começarem a acender, o tremeluzir de estrelas no céu e por entre as folhas das árvores ao vento...
Que bom que amanhã já é segunda... e eu vou andar de metrô!

"Senhores passageiros, bom dia!
Eu sou a condutora Brisa Amena e vou levá-los até a Estação da Sexta-feira, nosso ponto final, se o bom Deus assim o permitir!
Chamo a atenção dos senhores passageiros para a chuva de flores brancas dos mais variados tipos que se desprenderão do céu caindo em profusão sobre os senhores... sem contra-indicação, sem perigo de alergia... só alegria e bem-estar...
São meus votos materializados de 'bom dia', fluidos renovadores de paz, saúde, harmonia...
Se assim desejarem, poderão guardá-las na memória ou no coração, utilizando-as ao longo do dia para seu conforto.
O metrô Rio agradece a preferência e deseja a todos uma excelente viagem!
Divirtam-se!
Até a volta!
Feliz semana para todos vocês!"

E pra quem quiser me achar... e já ir se acostumando com os pontos de referência daqui... eu moro debaixo do braço esquerdo do Cristo... bem perto do coração!Um beijo da Brisa...

sábado, 24 de julho de 2004

Quero todas as pessoas brilhantes e felizes bem pertinho de mim!!!!!


Ouvi tanta coisa hoje, que minh'alma está mezzo Pet Shop Boys, mezzo R. E. M., mezzo The Cure... (mezzo de 3?) ... e naturalmente loborgiana, venturiniana, satteriana (do Almir Satter... essa ficou mesmo difícil de pescar)...
Enfim...
Coisas do meu tempo... (ai, que é ótimo chegar a idade de poder dizer isso!)
Que seja!
Todo sonho, todo amor!
Brisas


Carla


Close to Me
The Cure

I've waited hours for this
I've made myself so sick
I wish I'd stayed asleep today
I never thought that this day would end
I never thought that tonight could ever be
This close to me

Just try to see in the dark
Just try to make it work
To feel the fear before you're here
I make the shapes come much too close
I pull my eyes out
Hold my breath
And wait until I shake

But if I had your faith
Then I could make it safe and clean
If only I was sure
That my head on the door was a dream

I've waited hours for this
I've made myself so sick
I wish I'd stayed asleep today
I never thought that this day would end
I never thought that tonight could ever be
This close to me

But if I had your face
I could make it safe and clean
If only I was sure
That my head on the door
Was a dream


Shiny Happy People
R.E.M.

Shiny happy people laughing
Meet me in the crowd
People people
Throw your love around
Love me love me
Take it into town
Happy happy
Put it in the ground
Where the flowers grow
Gold and silver shine

Shiny happy people holding hands
Shiny happy people laughing

Everyone around love them, love them
Put it in your hands
Take it take it
There's no time to cry
Happy happy
Put it in your heart
Where tomorrow shines
Gold and silver shine

Shiny happy people holding hands
Shiny happy people laughing

Pois, brilhem, cantem...
"Não há mais tempo pra chorar...."

Carla

sábado, 26 de junho de 2004

Luz em meu caminho

João
A gente se conhece há sete anos...
Tantas coisas aconteceram em nossas vidas nesses dias...
E é tão impressionante como ainda há surpresas e alegrias a se viver...
Eu sei que cada amigo tem um jeito de ser.
E que é impossível se comparar um com o outro.
Mas teu jeito é digno de nota...
E escrevo aqui, ciente que tu muito provavelmente não lerás e nem saibas que te escrevo, na esperança de dividir minha alegria de que outros também possam ler e sorrir, lembrando-se desses amigos; ler e entender, compreendendo situações ainda confusas; ler e agradecer, por ter certos amigos em suas vidas...

Tu nunca tivestes meias palavras nem falsa piedade comigo...
Tu vias em mim muito mais do que eu acreditava ser...
E muitas vezes guiada pelas tuas palavras é que encontrei forças...
Tu sabes...

Hoje, quando novamente me deixava levar pelas preocupações, pelas angústias e ansiedades, foram tuas palavras luz em meu caminho...
Palavras duras: 'tu sabes bem o que podes esperar'.
Era tudo o que eu não queria ouvir.
Era tudo o que eu precisava ouvir.
Era tudo o que muitos dos que me amam não teriam coragem de dizer.
Mas tu tens.

Escrevo aqui para registrar minha gratidão.
É difícil pensar em agradecer a quem tão friamente nos chama a realidade e a assumir a responsabilidade que nos cabe na vida.
É difícil pensar em agradecer a quem, com poucas palavras sensatas, sem grandes divagações, destrói os tênues e coloridos véus de ilusão que aparentemente nos traziam tanta alegria.
Eu sei que isso também te dói... Como preferirias me ver feliz!
E é o que me faz admirar-te ainda mais...

Ainda é difícil para mim encontrar palavras e gestos que exprimam toda gratidão por me saber envolvida em tanto amor...
Que se multipliquem mensagens e poemas e sorrisos e emails e frases de incentivo e conversas, longas ou curtas, com palavras ou com olhares, todas as preces... todas as luzes em nosso caminho...

Obrigada João!
Todo meu carinho!
Brisas!

Carla

sábado, 19 de junho de 2004

Sobre a prece

"Entretanto, certo dia, surpreendidos, perceberam que suave raio de luz, qual réstea de sol tonificante e alentadora, se projetava docemente sobre suas almas delinquentes, blasfemas. Guido de Vicênzio, aterrorizado com o acontecimento insólito, emitiu um brado de maldição e blasfêmia e fugiu espavorido, tremente, já se não sentindo prisioneiro, uma vez reconhecendo a porta aberta...

Léon, porém, deixou-se permanecer onde se encontrava, estirado sobre as lajes imundas, onde agonizara seu desgraçado gêmeo... Sentia-se exausto! Carecia, sem mais delongas, de repouso e consolo! Contudido por um acervo de dores insolúveis, inconsoláveis; (...) Aquietado, deixou que o consolativo raio de luz o envolvesse, retemperando-lhe as forças deprimidas, aplicando-lhe, na alma calcinada pelo sofrimento, sedativos benfazejos... Eis, porém, que, à sua audição exausta das algaravias das blasfêmias, dúlcidos sussurros se impuseram, quais abendiçoadas expressões de amor... e, como se transportado por visão celeste, vislumbrou indecisamente, como refletido na réstea de sol que o visitava, um vulto de religiosa a orar fervorosamente por ele próprio, à frente de um altar...

Nessa religiosa, pálida, esmaecida, envelhecida, cujos olhos tristes e apagados vertiam lágrimas lentas, que lhe inundavam as faces, reconheceu Adélia... Adélia! por cujo amor se desgraçara! Nenhum alvoroço em suas sensibilidades depois de tantas desgraças! Nenhuma súplica ou brado de revolta, ao entrevê-la!... Apenas duas lágrimas, suaves, resignadas, orvalharam seus doridos olhos espirituais:
"...e envolvei a sua alma torturada nas graças da vossa misericórdia, ó Grande e Poderoso Deus! concedendo-lhe ensejo para a salvação..." - dizia a antiga dama de Mântua, sinceramente compungida...

A pouco e pouco a imagem idolatrada se afastava, ausentando-se do circuito luminoso que o envolvia... Agora, porém, surgia Marta, a boa serva que lhe fora mãe afetuosa... Trazia uma braçada de flores, frescas e perfumosas... Viu-se, inexplicavelmente, sempre aquecido pelo doce raio de luz benfazeja, acompanhando-a lado a lado, humildemente, como nos tempos de menino..."


Tantos e tantos relatos do efeito da prece podem ser encontrados...
Esse me é muito caro, falando de Léon, um suicida... e está no livro Amor e Ódio, de Yvonne do Amaral Pereira.
Luzes e estrelas, raios vivificantes, todas as preces cruzando o espaço, encontrando, onde quer que estejam, aqueles por quem oramos...
Seja esse teu momento de estender a luz sobre alguém...

Brisas perfumadas...
Um sopro de esperança!
Raios de sol, toda luz, sobre ti!
Meu amor!

Carla

terça-feira, 15 de junho de 2004

Uma canção de retorno

Ah... lá se foram as férias...
Acenam-me de lenço branco esses dias fora da rotina,
Em que criei outra rotina!
Tantas coisas vividas...
(se não prestar atenção, acabo fazendo como o Luiz,
redação de escola... As minhas férias...)
Para não cair em tentação...
Uma canção!

Soul Parsifal
Renato Russo

Ninguém vai me dizer o que sentir,
Meu coração está desperto,
É sereno o nosso amor e santo esse lugar.
Dos tempos de tristeza, tive o tanto que era bom,
Eu tive teu veneno e o sopro leve do luar...
Porque foi calma a tempestade,
Tua lembrança, a estrela a me guiar,
Da alfazema, fiz um bordado,
Vem, meu amor, é hora de acordar...
Tenho anis, tenho hortelã,
Tenho um cesto de flores,
Eu tenho um jardim, e uma canção
Vivo feliz, tenho amor,
Eu tenho um desejo e um coração
Tenho coragem, sei quem eu sou,
Eu tenho um segredo e uma oração
Vê que a minha força é quase santa,
Como foi santo o meu penar
Pecado é provocar desejo e depois renunciar
Estive cansado, meu orgulho me deixou cansado
Meu egoísmo me deixou cansado,
Minha vaidade me deixou cansado,
Não falo pelos outros, só falo por mim...
Ninguém vai me dizer o que sentir.
Tenho jasmim, tenho hortelã
Tenho um anjo, eu tenho uma irmã
Com a saudade teci uma prece
E preparei erva-cidreira no café da manhã
Ninguém vai me dizer o que sentir
E eu vou cantar uma canção pra mim.

Brisas de esperança
Sonoras e perfumadas!

Carla

segunda-feira, 14 de junho de 2004

Para um amigo...

Eis que tu abres portas novas...
E teu sorriso se espalha por outras salas...
E amigos vêm te abraçar... tantos, tantos...
E tanta luz, e tanto amor...
Que eu também silencio...
Unindo minha voz a essas vozes silentes
Serenas, nessa doce canção, tão plena de sentimento
Nesses versos tão suaves, em acordes tão amenos
Nessa prece que pede a Deus por ti...
Que te envolva em harmonia
Que te mantenha a alegria
Que te floresça de esperança
Que te dê paz...

E em paz, sorria pra nós...



Faço minhas as palavras do Thimóteo Rosas:

"O Toshi nos impressiona a todos; basta olhar os comentários de seus posts. Ali, todos os que tiveram o privilégio e a honra de ter contato com esse rapaz, depositam o que têm de melhor, despertados em seus mais bondosos instintos, pelo carinho imenso irradiado por esse japonezinho corajoso e bem humorado, e que, mesmo no auge do sofrimento físico que a doença lhe provoca, nos deixa boquiabertos com sua singela saudação: "Oiiiiiii galerinhaaaaaaa..."

Beijos na brisa...

Carla

Sobre gritos e sussurros

Por que gritamos?
Por que sussurramos?
Nem sempre medo causa os gritos...
Nem sempre segredos originam sussurros...
Sobre esse assunto, há um ensinamento atribuído ao pensador indiano Meher Baba.


Foto daqui


Diz-se que um dia, o pensador perguntou a seus discípulos:
"Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos porque perdemos a calma" disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?"
"Gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
"Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"

Qual a sua resposta?

Naquela ocasião, várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:
"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem (acrescento aqui que às vezes nem olhar é preciso... só pensar um no outro, não é mesmo?)
É isso que acontece quando duas pessoas se amam."
Por fim, o pensador concluiu, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".

Quando pretendemos encontrar soluções para as desavenças, falemos num tom de voz que nos permita uma aproximação cada vez maior, como a dizer para a outra pessoa: "Eu não concordo com suas idéias ou opiniões, mas isso não me faz gostar menos de você."

Beijos sussurrados na brisa...
Carla

domingo, 6 de junho de 2004

Feliz dia dos namorados!


(quadro 'Prelúdio para um beijo' de Josephine Wall)

Queridos!
Que ventura poder dividir com alguém esses segredos do coração...
Nesses dias em que todo o encantamento se espalha no ar,
Em brisas de sonho, eis meu presente
Para os apaixonados corajosos...
Escrito há um ano, para alguém especial, num momento especial...
Um momento róseo em nossas vidas...

O Noivado

Voam doces como brisas ondulantes
Ao sol sossegado de um tempo feliz
As lembranças desse dia
Em que meu irmão de alma
Revelou, quase em segredo,
Todo êxtase de seu sonho:
Noivar, casar, viver!
Como me alegro por ti...
E ainda que não desejes pompa e circunstância
Deixa-me fazer das palavras
Rendas e marzipãs
E adornar teu terno em pensamento
Com o mais belo dos cravos...
Ah! Doce felicidade da expectativa dos sonhos concretizados...
Voem leves como brisas refrescantes e perfumadas
Ao sol de esperanças desse dia
As lembranças de tua anunciação...

E para aqueles que já chegaram nos momentos verdes ou azuis (rs!)... as doces palavras de Joanna de Ângelis...

Conquistas do Amor

"O amor é sempre o responsável por tudo quanto existe.
Quando se encontra presente, resplande a beleza e se ampliam as perspectivas de felicidade em toda parte.
Quando ausente, de alguma forma, fenece a esperança, cresta-se a paisagem, a dor se instala e a amargura dilata as suas fronteiras, produzindo morbo e desolação.
Isso, porque o amor é Deus vibrando de contínuo em tudo e em todos.
O amor expressa-se através da claridade do Sol, da brisa venturosa, do silêncio ou das vozes da Natureza em festa, do sorriso da criança descuidada, da expressão de ternura do ancião, do olhar sonhador do artista, do braço forte do lutador, da aspiração do conquistador, do sacrifício do mártir, da esperança do servidor, da alegria que estua na alma de quem espera ternura e compreensão...
O amor é paciente e confiante, irradiando-se como suave luz que aquece e clarifica o caminho.
Nunca se cansa e jamais desiste. (...)
O amor nunca falha. Às vezes, tarda, para chegar sorrindo; demora-se distante, para não mais se afastar; mantém-se silencioso, para poder cantar sem cansaço a melodia da infinita ternura que possui.(...)
As conquistas do amor são infinitas e eternas, porque direcionadas por Deus.
Doa-te, pois, ao amor, especialmente àqueles que o não conhecem, tornando a Terra menos árida de sentimentos, menos rude ao desenvolvimento da alegria e sê tu quem poderá falar da felicidade de amar, mesmo que tenhas a taça do coração vazia de retribuição.(...)"

Que sejam brisas de alegria e paz
Esperança, sobre vocês, nesses dias...
Todo meu carinho!

Carla