domingo, 29 de agosto de 2004

Floricultura

Se tens precisão de flores
De cores belas e toques macios...
Se teu ar é de festa
Suave expectativa de casamentos
E buquês e grinaldas naturais...
Se comemoras chegadas
De bebês, de amores, de namoradas...
Se amargas despedidas
De viagens e mortes repentinas
Se apenas passas e lembras os girassóis
E te encantam os brincos de princesa... brancos...
Os arranjos bonitos...
Se é o perfume que te inebria
Transportando-te pra tempos idos
Nas brincadeiras de fazer abrir a 'boca-de-leão'
De bem-me-queres em margaridas
De estalar pétalas de rosas... vermelhas
Com os lábios, em beijos roubados...
Se é apenas um mimo que buscas
O suavíssimo perfume das violetas escondidas (que não são as africanas!)
Ou se queres ainda purezas diamantinas
Em lírios e orquídeas e jasmins imaculadamente brancos...

Entra!

Te atapetamos o chão de pétalas
E te envolvemos em poesia...

Essa é a nossa floricultura, Lakota...
Ainda estamos na calçada olhando o portal de girassóis a procura de um nome...

Mas as flores já estão todas
Na alma!


Agora, um poema de verdade...

Palavras de Caridade
(Auta de Souza)

O apoio... A simpatia...
Uma oração apenas,
carregada de fé na Bondade Divina...
A bênção do sorriso... A página que ensina
a vencer o amargor das lágrimas terrenas...
O minuto de paz... O auxílio que armazenas,
na supressão do mal, ao trabalho em surdina...
O bilhete fraterno... Uma flor pequenina...
O socorro... A brandura...
As palavras serenas...
A esmola... A roupa usada...
O copo de água fria...
O pão... O entendimento...
Um raio de alegria...
Um fio de esperança...
A atitude sincera...
Da migalha mais pobre à dádiva mais rica,
Tudo aquilo que dás à vida, multiplica
Nos tesouros de amor da glória que te espera!...

Chuvas de pétalas e perfumes
Carreados na brisa para o coração de cada um!
Excelente semana!

Um beijo na brisa...
Carla

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