sexta-feira, 30 de junho de 2006

Sobre essa semana...

A cada passo, a cada dia
Quando paro pra pensar
Como surpreendo-me!
E me pego sorrindo como quem começa a entender
O olhar arregalado de quem acabou de perceber
E o coração não consegue sofrear o "-ah!"

Mas fico quietinha
Vivi tantas coisas esta semana que me valeu por anos...
Gostei de agradecer a Rosilda e a Vera
E quando li o que escrevi, senti um tom de despedida
Estranho pensar que estamos sempre nos despedindo
Boa a sensação de dever cumprido!
Maravilhoso agradecer,
Como fonte que transborda
Ou ramo que floresce...

Tenho olhado pra mim e visto os outros me olharem
E confundido muito os olhares todos
Tanta gente me diz que não existo - na melhor das intenções -
Que fico assim pensando se estou mesmo aqui.

Pensar como quem anda - nos diz Pessoa

Vou andando, então!
Quero ares novos, frios!
Quero estar contigo, quero o idealismo
Quero o sonho
Quero a vida!

Tenho tanta coragem que me espanto!
Olho de novo e Te sinto, conduzindo tudo.
Sorrio, como quem compreende
Sem, na verdade, entender plenamente.
Confio.
E peço a Ti ser paciente e precisa
Estar em sintonia fina...

Flores aos montes
Em pétalas cheirosas e coloridas
Sobre teu coração!

Brisas

Carla

terça-feira, 27 de junho de 2006

Tecido sutil

Teço interminavelmente
Essas linhas prateadas ao vento...
Parece ser sempre entardecer!
O prelúdio de uma noite que não chega...
Haverá estrelas? Minuanos?

Teço interminavelmente
Lembranças felizes de sorrisos
Migalhas recolho, aqui e ali
Fui feliz? Fui feliz!

Qual a sensação que se sente à beira de um rio?
Eu já senti tristeza e abandono...
Já senti que tudo passa, mas a gente quer segurar
Já senti amigos com flores chegando...
À beira do mesmo rio onde joguei a chave do meu coração
E descobri que eu mesma teria que mergulhar pra me salvar!

Teço fios de água prateados ao luar
Fios que me escapam, que escorrem e levam
Teço interminavelmente para aprender
A não mais esperar

Que seja, então!
Dos fios tecidos, sopros de esperança a brilhar
O encanto do amor é resistir ao dia-a-dia
Com viço de sempre querer desabrochar de novo.
Banho-me em lágrimas que me lavam a alma
Brilham estrelas no olhar

Diviso, enfim!
Sol distante... a noite passa, a noite passa...
Brisas se sentem à beira dos rios
Sentadas, sentidas, sorrisos, margaridas
Vidas tantas, vidas!
Bem vividas
Hão de tornar-me novamente feliz!

Beijos nas brisas
Meu carinho


Por de sol no Guaíba


Carla

domingo, 25 de junho de 2006

Agradeço, Senhor!

(poema de Maria Dolores)



Agradeço, Senhor
Quando me dizes "não"
Às súplicas indébitas que faço,
Através da oração.

Muitas daquelas dádivas que peço,
Estima, concessão, posse, prazer,
Em meu caso talvez fossem espinhos,
Na senda que me deste a percorrer.

De outras vezes, imploro-te favores,
Entre lamentação, choro, barulho,
Mero capricho, simples algazarra,
Que me escapam do orgulho...

Existem privilégios que desejo,
Reclamando-te o "sim",
Que, se me florescessem na existência,
Seriam desvantagens contra mim.

Em muitas circunstâncias, rogo afeto,
Sem achar companhia em qualquer parte,
Quando me dás a solidão por guia
Que me inspire a buscar-te.

Ensina-me que estou n lugar certo,
Que a ninguém me ligaste de improviso,
E que desfruto agora o melhor tempo
De melhorar-me em tudo o que preciso.

Não me escutes as exigências loucas,
Faze-me perceber
Que alcançarei além do necessário
Se cumprir meu dever.

Agradeço, meu Deus,
Quando me dizes "não" com teu amor,
E sempre que te rogue o que não deva,
Não me atendas, Senhor!...

Brisas

Carla

domingo, 18 de junho de 2006

Da realidade

Tu me sentes, amado, andando pela nossa casa...
Porque eu estou mesmo deslizando em nossos corredores, te buscando!
Tu me sentes, a cada noite, aconchegada em teu abraço!
E tu velas meus sonhos mais secretos, meus sorrisos!
Desperto feliz ao ver teus olhos!
Que é o frio, o tempo, a hora, a noite, o vôo, o emprego?
O que é
É nossa casa, os sonhos, a kalanchoe florindo rosa na sala, lançando raízes novas!
O que é
É o cheiro de orquídea e de café quentinho, de churrasco pela janela...
O gosto do chimarrão forte e da polenta, o vinho...
Teus olhos brilhando...
Meus sorrisos

Nossas mãos entrelaçadas nessas despedidas
Que juramos ter forças para enfrentar...

E já não sei se estou ouvindo ou desejando
Ou vendo, como te vejo claro em nossa casa,
Sair de manhã contigo para o trabalho,
Voltar e te receber em casa...

Já vou, amado...
Tu sabes que já vou já...


Um beijo
em cada brisa!

Carla

terça-feira, 13 de junho de 2006

Sonha!

Queridos!

Sobre a vida e os sonhos, um soneto de Bilac e alguns pensamentos...


Imagem do site de Josephine Wall

Vive, como quem sonha a vida inteira,
Uma paisagem primorosa e bela,
Como um céu safirino que se estrela
De luz e que essa luz toda te queira.

Vive como quem sonha, rindo à beira
De um lago azul, mirando a caravela
Da esperança, suavíssima e singela,
Nosso amparo na mágoa derradeira
.

Converte em canto as tuas agonias,
Pois que outra vida além da morte espera
Todos os seres, todas as criaturas!

A fé clareia as noites mais sombrias,
Fazendo-te entrever a primavera
Que despetala flores nas alturas.

(do livro: LIRA IMORTAL, psicografado por Francisco Cândido Xavier)



"Os sonhos não determinam o lugar aonde vamos chegar, mas produzem a força necessária para tirar-nos do lugar que nos encontramos.

Sonhos são mais que desejos.

Um sonho é um projeto de vida.

Resiste aos problemas, pois suas raízes se nutrem nos mananciais profundos da personalidade.

Pense nisso!"

Esse texto veio daqui!

Brisas perfumadas sobre os sonhos e as esperanças!
Dias de sol em seus corações!

Carla

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Debugar

Como se traduz "debug"?
Independente do como dizer, é preciso fazer!



Eu mereço ser feliz, eu mereço ser feliz, eu mereço ser feliz!
Hoje, imediatamente, do jeito que sou e com os que estão a minha volta.

Já escrevi poemas tristes de uma espera sem fim.
Esperava por mim. Quanto mais esperar?

Pois bem, cheguei!

Um beijo, amado!
Feliz dia dos namorados, namorado querido!
Gratidão em flores perfumadas de luz
Nas brisas!

Carla