terça-feira, 27 de junho de 2006

Tecido sutil

Teço interminavelmente
Essas linhas prateadas ao vento...
Parece ser sempre entardecer!
O prelúdio de uma noite que não chega...
Haverá estrelas? Minuanos?

Teço interminavelmente
Lembranças felizes de sorrisos
Migalhas recolho, aqui e ali
Fui feliz? Fui feliz!

Qual a sensação que se sente à beira de um rio?
Eu já senti tristeza e abandono...
Já senti que tudo passa, mas a gente quer segurar
Já senti amigos com flores chegando...
À beira do mesmo rio onde joguei a chave do meu coração
E descobri que eu mesma teria que mergulhar pra me salvar!

Teço fios de água prateados ao luar
Fios que me escapam, que escorrem e levam
Teço interminavelmente para aprender
A não mais esperar

Que seja, então!
Dos fios tecidos, sopros de esperança a brilhar
O encanto do amor é resistir ao dia-a-dia
Com viço de sempre querer desabrochar de novo.
Banho-me em lágrimas que me lavam a alma
Brilham estrelas no olhar

Diviso, enfim!
Sol distante... a noite passa, a noite passa...
Brisas se sentem à beira dos rios
Sentadas, sentidas, sorrisos, margaridas
Vidas tantas, vidas!
Bem vividas
Hão de tornar-me novamente feliz!

Beijos nas brisas
Meu carinho


Por de sol no Guaíba


Carla

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