quinta-feira, 31 de maio de 2007

Nos dias frios...

A vida transcorre pulsante como os segundos do relógio...
Vidas passam apressadas perto de mim, olhos abertos, como se vissem algo, como se vissem... Passam por mim, sem ver!
Vidas não passam, paradas muitas vezes em um tempo diverso do presente. Olhos abertos ou fechados, perdidos todos. Passo por eles, sem ver!

Paro para olhar com a angústia de quem perde o tempo de seguir, com a melancolia de quem deixou o tempo passar... Paro! Ontem existe? Amanhã existe?

Para onde correm as vidas apressadas? Onde ficaram as vidas que não passam?
Onde estou?

Respiro então, com ternura!
Nó na garganta, lágrimas nos olhos, vejo o cesto imaterial repleto de flores...
"Imaterial?" - sorrio de mim mesma...

Vidas que passam apressadas... Sopro perfumes nas pétalas!
Que haja amor nos passos e certeza no coração!

Vidas que não passam... Eis que brisas procuram varrer para longe qualquer idéia de abandono... Há tanto ainda a se viver, conhecer, presenciar... Presentes, todos aguardando o momento do desembrulhar... a surpresa e a alegria... Teu brilho no olhar refletido em sorrisos! Eis a flor que te dou, hoje!

O tempo passa nos segundos do relógio... Passa o tempo ou passamos nós?
Ou passamos todos, caminhando rumo ao desejado país da paz?


Foto de Rui Bento Alves

Boa viagem, companheiro...
Beijos e brisas!

Carla

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Projetos, projetos...

Para deixar registrado, antes que eu esqueça... :)

Livros que quero ler:
- Para gostar de ler a história da Química (pelo que percebi, já está no volume 3!)
- Tio Tungstênio - Memórias de uma infância química
- O Mundo de Sofia

Dança que quero aprender:
- Odossi, indiana.

Frase do dia:
"Obrigada, Senhor, pela graça de me sentir protegida pela generosidade de tão santo amor!"
Yvonne do Amaral Pereira



Beijos e brisas

Carla

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Silêncio...

Ando com preguiça de escrever, mas nenhuma de pensar muito...

Estou assim como uma esponja, absorvendo ao máximo os conhecimentos que estão sendo passados... Como se esses papéis todos me aquecessem... É provável que ainda não tenha noção exata do que eles significam. É provável que pouca noção tenha eu de mim mesma. E já ter essa noção é um pensar imenso!

Já revoltei-me, entregando-me a tristezas.
O frio, porém, incomoda.
Até as lágrimas incomodam.

Sereno, em busca de sol.
Achei essas frases (abaixo) nas minhas andanças.
Procuro refletir.

Eis que hoje quero sossego!


"Amor, vim te buscar em pensamento
Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei pra te contar
Viajei...Fui pra Serra do Luar
Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem pra terra descansar

Viver é afinar o instrumento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro

(...)

Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranqüilo...


(Serra do Luar, de Walter Franco)


Imagem do 1000 imagens


Beijos e brisas!

Carla

sábado, 19 de maio de 2007

Francisco de Assis e o Lobo de Gúbio

Queridos

Apesar de gostar muito de Francisco de Assis, ainda não conheço sua história profundamente.
Hoje tive oportunidade de diminuir um pouco essa ignorância, e quero dividir com vocês.

A passagem chama-se "O Lobo de Gúbio", que adaptei de várias fontes.

No tempo em que São Francisco morava na cidade de Gúbio, apareceu um enorme lobo, terrível e feroz, que não somente devorava os animais, senão também os homens. Todos os cidadãos viviam em pânico, chegando ao ponto de ninguém ousar sair da cidade. Um dia, porém...

- Francisco! Lá vem o lobo! Francisco! Cuidado!

Para surpresa de todos, porém, Francisco não mudou seu rumo, seguindo em direção ao lobo. Nada temia. Caminhava ao encontro do animal como quem desejasse abraçar um amigo. Transportado pelos mais puros sentimentos, abriu os braços num gesto de profunda piedade, chamando-o "Irmão Lobo".

O lobo, tocado por misteriosa energia, acalmou-se e deitou-se junto a Francisco. Que sublime diálogo foi travado entre aquelas criaturas? O tema? O amor infinito de Deus, a possibilidade de se viver em paz...



Imagem retirada daqui


Conta a lenda que, a partir de então, os habitantes de Gúbio encarregaram-se de alimentar o lobo, que, por sua vez, nunca mais atacou animal ou homem algum. E andava tão à vontade, pelas ruas, que nem os cães lhe ladravam.

Eis aí a história do Lobo de Gúbio...
Para mim, duas máximas ressaltam-se: a possibilidade de se viver em paz, mesmo com diferenças e o amor, superando todas as dificuldades...
E para você, qual a mensagem que fica?

Beijos e brisas!

Carla

sábado, 5 de maio de 2007

Aprender a Florescer

Queridos

Eis um texto interessante...

"Ela era uma jovem das famílias mais ricas de Los Angeles. Prestes a se casar, seu noivo foi convocado para o Vietnã. Antes, deveria passar por um treinamento de um mês.

Enamorada, ela optou por antecipar o casamento e partir com ele. Ao menos poderia passar o mês do treinamento próximo dele, antes de sua partida para terras tão longínquas e perigosas.

Próximo à base do deserto da Califórnia onde se daria o treinamento, havia uma aldeia abandonada de índios Navajos e uma das cabanas foi especialmente preparada para receber o casal.

O primeiro dia foi de felicidade. Ele chegou cansado, queimado pelo sol de até 45 graus. Ela o ajudou a tirar a farda e deitar-se. Foi romântico e maravilhoso.

Ao final da semana estava infeliz e ao fim de dez dias estava entrando em desespero.

O marido chegava exausto do treinamento que começava às cinco horas da manhã e terminava às dez horas da noite. Ela era viúva de um homem vivo, sempre exaurido. Escreveu para a mãe, dizendo que não agüentava mais e perguntando se deveria abandoná-lo.

Alguns dias depois, recebeu a resposta. A velha senhora, de muito bom senso lhe enviou uma quadrinha em versos livres que dizia mais ou menos assim:

"Dois homens viviam em uma cela de imunda prisão. Um deles olhava para o alto e enxergava estrelas. O outro, olhava para baixo e somente via lama. Abraços. Mamãe."

A jovem entendeu. Ela e o marido estavam em uma cela, cada um a seu modo. Ver as estrelas ou contemplar a lama era sua opção.

Pela primeira vez, em vinte dias de vida no deserto, ela saiu para conhecer os arredores.

Logo adiante surpreendeu-se com a beleza de uma concha de caracol. Ela conhecia conchas da praia, mas aquelas eram diferentes, belíssimas.

Quando seu marido chegou naquela noite, quase que ela nem o percebeu tão aplicada estava em separar e classificar as conchas que recolhera durante todo o dia.

Quando terminou o treinamento e ele foi para a guerra, ela decidiu permanecer ali mesmo. Descobrira que o deserto era um mar de belezas.

De seus estudos e pesquisas resultou um livro que é considerado a obra mais completa acerca de conchas marinhas, porque o deserto da Califórnia um dia foi fundo de mar e é um imenso depósito de fósseis e riquezas minerais.

Mais tarde, com o retorno do esposo do Vietnã, ela voltou a Los Angeles com a vida enriquecida por experiências salutares. Tudo porque ela aprendera a florescer onde Deus a colocara.

***


Existem flores nos jardins bem cuidados. Existem flores agrestes em pleno coração árduo do deserto.

Existem flores perdidas pelas orlas dos caminhos, enfeitando veredas anônimas.

Muitas sementes manifestam sua vida florescendo a partir de um pequeno grão de terra, perdido entre pedras brutas, demonstrando que a sabedoria está em florescer onde se é plantado.

Florescer, mesmo que o jardineiro sejam os ventos graves ou as águas abundantes.

Florescer, ainda que e as condições de calor e umidade nem sempre sejam as favoráveis...

(Baseado em palestra de Divaldo Franco - Floresça onde for plantado).
Texto retirado do Momento Espírita