terça-feira, 1 de junho de 2004

36 anos sem Helen Keller

Queridos!

Com muita alegria hoje lembro Helen Keller...
Para ela, carinho e gratidão...
Inspirem-se!!!



Dentre as mulheres mais notáveis do século XX, destaca-se a extraordinária Helen Keller.
Nascida em Tuscumbia, nos Estados Unidos, em 27 de junho de 1880, morreu em 01 de junho de 1968, em Connecticut.
Aos dezoito meses de idade, um mal não definido provocou-lhe cegueira e surdez. Por conseqüência, ficou muda.
Até os sete anos de idade levava uma vida puramente instintiva, condenada, segundo os padrões da época, à idiotia.
Coube à Anne Sullivan, admirável professora de vinte anos, conseguir, após indescritíveis esforços, que a menina tivesse o primeiro contato com o mundo exterior, aprendendo a distinguir seres e objetos com o toque das mãos e a ensaiar o raciocínio em relação às suas experiências táteis.
Já era muito para quem sofria tão graves limitações.
Mas Helen Keller foi além.
Embora a vida, no seu mundo sem som e sem imagem, fosse um grande desafio, ela aceitou todas as dificuldades e riscou de seu vocabulário a palavra impossível.
Primeiro aprendeu a falar, prodígio alcançado com infinita paciência e intermináveis exercícios.
Inscrita em um colégio para moças, onde a receberam com muita relutância em virtude de suas deficiências, diplomou-se com distinção, embora não pudesse ouvir as aulas, nem fazer qualquer anotação.
Helen Keller provou que o poder da vontade representa uma força quase ilimitada, ao aprender muito no campo da geografia, da álgebra, das ciências físicas, da botânica, da zoologia e da filosofia.
Escrevia em inglês e em francês, mantendo correspondência com figuras de grande projeção no mundo inteiro.
Proferiu centenas de conferências em vários países, inclusive no Brasil, e escreveu livros notáveis.
O mais extraordinário foi que ela superou os sentimentos de auto-compaixão e de crônica infelicidade que caracterizam boa parte dos espíritos quando enfrentam suas provações.
Dedicou sua vida em favor dos cegos, dos surdos e dos mudos.
Em um de seus livros, ela disse:

"Ninguém pode saber melhor do que eu o que são as amarguras dos defeitos físicos. Não é verdade que eu nunca esteja triste, mas há muito resolvi não me queixar. Mesmo o ferido de morte deve esforçar-se por viver seus dias com alegria, por amor dos outros. Eis para que serve a religião: inspirar-nos à luta até o fim, de ânimo forte e sorriso nos lábios. Uma ambição eu tenho: a de não me deixar abater. Para tanto, conto com a benção do trabalho, o conforto da amizade e a fé inabalável nos altos desígnios de Deus."

Helen Keller é o símbolo marcante do que podem realizar aqueles que compreendem que a felicidade não está subordinada à satisfação de meros desejos egoístas, mas sim, ao desejo de compreendermos o que a vida espera de nós.
Condenada a viver em um mundo silencioso e de trevas, havia claridades e sons em seu íntimo que jamais perceberemos com os sentidos físicos... Havia nela heroísmo suficiente para enfrentar as contrariedades e vencê-las, persistindo sempre no bem!

E para quem chegou até aqui, nada melhor do que desfrutar da poesia de Helen Keller.
Conseguirão fechar os olhos, os ouvidos, quedarem-se mudos e simplesmente sentir o que ela disse?
Experimentem... E aí vai só um pedacinho do poema...

"No reino do maravilhoso em que habito,
exploro a vida com minhas mãos;
reconheço as coisas e sou feliz;
meus dedos estão sempre sequiosos pela terra,
aspiram suas maravilhas com alegria,
retirando dela as mais queridas delícias;
meus pés estão carregados de murmúrios
e a palpitação de todas as coisas que crescem."

Todas os beijos na brisa!
Bons pensamentos!
Paz!

Carla

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