E antes mesmo de perceber tua presença, sabê-la. Olhar e não ver. Duvidar...
Era assim feito neblina desfeita pelo sol, mas ainda neblina.
Ainda sonho, ainda esperança, ainda fumaça esvanecendo no ar.
Ainda um toque de frio contra o calor do sol.
Então eram todos os sons despertos: os carros, os ventos, os ditos, as risadas, os lamentos...
E a única voz não ouvida soando tão alta no silêncio da minha expectativa.
Dias aqueles, em que se vive por um carinho que pode não vir...
E se perceber viva ainda...
Ternuras
Pétalas de rosas brancas acetinadas
Sopradas com toda esperança da alma
Ao vento
Para que cheguem ao seu destino
Brumas...
Graças a Deus já é dia!
Graças a Deus estou viva!
Há algo verde brilhante como seiva
Sorrio flores
Anseio o sol
Chuvas
Brisas

Claude Monet, 1875
The Promenade, Woman with a Parasol
Beijos de serenidade
Nas brisas,
Meu olhar sobre ti!
Carla
Algo no seu texto me levou a um poema que escrevi. Deve ter sido o post com suas palavras carregadas de emoção, ou teria sido seu comentário tão carinhoso no meu flog? Não sei, mesmo assim aí vai!
ResponderExcluirMÃE TERRA
Hoje vim sozinha
Esperei minha diaba cochilar
E saí de leve
Não quis a companhia dela
Queria estar diferente
Vir desarmada
Ser apenas eu
Ter apenas você
Sem coisas pré-concebidas
Hoje trouxe minha ninfa
Minha luz prateada
E minha paz
Hoje não quero ser sua mulher
Quero ser apenas mulher
Ter o colo macio
Nele deitar sua cabeça
Recolher seu cansaço
Acarinhar sua tristeza
Hoje trouxe as ervas e a música
Trouxe ungüento para o seu coração
E uma canção indígena
Vim andando
De pés no chão
Para te trazer a Mãe Terra
Hoje não trouxe a mulher
Nem trouxe a menina
Hoje só trouxe meu colo
Hoje tenho o calor do Sol
Num coração de Lua
Vem, deita no meu colo.
Melanie
4/9/2004