quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O filme dos espíritos

O filme dos espíritos... O primeiro comentário que ouvi de uma pessoa que assistiu ao filme foi que não era assim tão legal, que não havia efeitos especiais... Mas, efeitos especiais?!? Talvez o nome do filme tenha gerado confusão... É provável que tal pessoa tenha ido ao cinema esperando ver fantasmas volitando de lá para cá, aparições ou gritos assustadores. E realmente, deve ter ficado decepcionada, pois o filme não traz essa visão sensacionalista dos espíritos.

Fomos ao cinema sem grandes expectativas. Qual o quê! O filme é um primor de delicadeza. História de espíritos, sim, encarnados. Histórias de vidas que se entrelaçam e de problemas que todos enfrentamos: perda de entes queridos, desânimo, dúvidas, Deus e a beleza da continuidade da vida, não só no plano espiritual, mas também em nosso plano físico!

Histórias de mudanças de pensamento, de atitude, de vibração, de vida. Histórias de recomeço, tão factíveis, tão reais, que é difícil imaginar que alguém não tenha tido uma vizinha como a interpretada por Etty Fraser, ou conhecido alguém que tivesse contato com o plano espiritual de forma tão natural como o personagem interpretado por Flavio Barollo, ou quem sabe um garçom-amigo, como o interpretado por Ênio Gonçalves. E por falar em interpretações, que alegria ver estes artistas nos conduzindo com tanta maestria pelos sentimentos das histórias ali contadas...

Pelas cenas belas, pela identidade com a nossa própria vida, este é um filme muito recomendável. Delicadeza sem fim! Quem sabe estamos aprendendo com o cinema europeu e argentino a contar histórias simples e tão, mas tão, importantes!

Meu carinho em brisas!
Carla