sábado, 25 de fevereiro de 2006

Tagore

Um poema de Tagore...
Um carinho na brisa dessas letras em teu coração!



"Quem é este bem-amado, que anuncia a chegada com arautos, trombeteando primavera, no carro doirado do sol?

Desde cedo, sentado na cabana de palha à margem do rio, tenho seguido os acontecimentos com ansiedade crescente.

Pelas águas mansas passam deslizantes, na crista das ondas, jovens guirlandas de flores, desmanchadas por mãos contentes, e o perfume estranho da camomila se mistura, zombeteiro, ao aroma das mangueiras arrebentadas em miúdas flores claras, fazendo uma festa diferente junto de mim.

As sombras do matagal bateram em retirada, fugindo com pés silenciosos, quando chegou a mensagem esfogueada no rosto do sol.

Quem será esse estranho hóspede que, desconhecido embora, sacode meu coração, fazendo-se bem amado?

Colhi, com mãos nervosas, flores brancas de jasmim, e deixei minhas ocupações na esteira do chão, para tecer afanosamente a coroa, com que lhe ornarei, respeitoso, a cabeça, após a longa viagem.

Que chegue logo, com sua abençoada face de primavera rósea, esse alguém bem amado, que sacode o meu coração!"

Brisas leves
De paz!

Carla

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Brilhar!

I am standing at the crossroads to heaven.
Never prayed like I’m praying today.
I am one light away from shadows.
And only Grace to lead the way.

And I am reaching for your loving arms to hold me
And I am weary searching for rest.
Just one light away from shadows
And my soul must pass this test.

Shine on! Shine on! Faith be evermore strong.
Just one light away from shadows.
And by Grace we do no wrong.

--hymn from Cassandra


Michelangelo

É preciso ver a luz em nós...
Brisas

Carla

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Um passeio...

Acordar com um sopro sobre o rosto!
E antes mesmo de perceber tua presença, sabê-la. Olhar e não ver. Duvidar...

Era assim feito neblina desfeita pelo sol, mas ainda neblina.
Ainda sonho, ainda esperança, ainda fumaça esvanecendo no ar.
Ainda um toque de frio contra o calor do sol.

Então eram todos os sons despertos: os carros, os ventos, os ditos, as risadas, os lamentos...
E a única voz não ouvida soando tão alta no silêncio da minha expectativa.

Dias aqueles, em que se vive por um carinho que pode não vir...
E se perceber viva ainda...

Ternuras
Pétalas de rosas brancas acetinadas
Sopradas com toda esperança da alma
Ao vento
Para que cheguem ao seu destino

Brumas...
Graças a Deus já é dia!
Graças a Deus estou viva!

Há algo verde brilhante como seiva
Sorrio flores
Anseio o sol
Chuvas
Brisas


Claude Monet, 1875
The Promenade, Woman with a Parasol


Beijos de serenidade
Nas brisas,
Meu olhar sobre ti!

Carla